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O que é violência simbólica? (por Bourdieu)

Pierre Bourdieu foi um sociólogo francês que dedicou grande parte de sua obra a entender como o poder opera nos detalhes do cotidiano, não apenas nas leis, nos governos ou nas estruturas grandes, mas nos olhares, nas palavras, nos costumes, nas expectativas que parecem naturais. Para ele, muito do que nos atravessa e nos marca não acontece pela força física, mas pela força das normas. E é aí que entra o conceito de violência simbólica.

Violência simbólica é aquilo que faz a gente aceitar certas desigualdades como se fossem normais. É o tipo de violência que não grita, mas cala. Que não empurra, mas limita. Que não bate, mas faz alguém acreditar que merece menos, que deve se adaptar, que seu corpo, seu gênero, seu modo de existir são inadequados.

Ela aparece quando:

  • pessoas LGBTQIAPN+ são “corrigidas” pelo modo de falar ou se vestir
  • um nome ou pronome é desrespeitado “sem intenção”
  • uma piada é usada para diminuir alguém
  • certos corpos são vistos como mais competentes, mais saudáveis ou mais legítimos
  • um profissional de saúde supõe que só existe um tipo aceitável de vida ou família

Nada disso precisa ser explícito para produzir efeito. Bourdieu mostra que a violência simbólica funciona justamente porque se disfarça de “natural”, “senso comum”, “bom senso”. E quando algo parece natural, fica mais difícil questionar. A pessoa passa a agir como se a norma fosse verdade, e essa é a parte mais cruel.

Para a comunidade LGBTQIAPN+, essa violência se acumula ao longo da vida e molda o modo como cada pessoa se vê e como acredita que pode ocupar o mundo. Ela afeta autoestima, confiança e, claro, saúde: quem vive em constante vigilância se desgasta, adoece, silencia suas necessidades.

Na Pride Care, levamos esse conceito a sério porque sabemos que cuidar não é só atender sintomas. É romper com práticas e discursos que reforçam desigualdades. É criar espaços onde a violência simbólica não se repete. Onde a existência não é negociada. Onde ser quem se é não depende de autorização.

Se a violência simbólica atua no silêncio, o cuidado precisa atuar no reconhecimento.

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Projeto Pride Care

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